Como lidamos com  a pobreza desde uma abordagem evangélica, bíblica e teológica?


      A construção deste texto é uma tentativa de reintroduzir o assunto pobreza no radar de uma abordagem teológica. Entretanto o objetivo não é o de pensar que se pode fazer deste momento o uso indevido da questão propriamente dita. A pobreza é  e sempre será um problema e as alternativas como medidas ou políticas de governos adotadas são sempre  com o objetivo de se minimizar os efeitos nefastos por ela provocados. Se a olharmos como uma espécie de doença, ela pode, entre outras análises de descoberta de sua causa e origem, ser apontada como parceira dos obsoletos sistemas educacionais vigentes em boa parte do mundo dito civilizado e ocidental.  

      Esta reflexão também é a constatação de que neste momento e ao longo dos anos em que estive envolvido com esta temática, apontar as suas causas nem sempre é tarefa das mais enriquecedoras. Já que estamos falando não de números. Porém de seres humanos que se avolumam a cada dia que passa em contingentes cada vez maiores de pessoas desprovidas de recursos mínimos para a sua sobrevivência. E a medida que o tempo passa, a impressão que se tem é de que este problema se torna sem solução a médio e longo prazo.

     A pobreza é de longe a moeda de troca das ideologias para a construção de suas bases teóricas que justifiquem suas aspirações e, porque não, seus projetos políticos de poder.  Quando era mais jovem, eu tinha uma capacidade maior de raciocinar utilizando números que retratassem os grandes desafios e dilemas sociais que pudessem contribuir para a erradicação da pobreza. Esse tipo de idealismo que muitas vezes se confundia com altruísmo ainda continua vivo em mim, mas aquela capacidade  de raciocinar com desenvoltura se foi. 

      Por outro lado, a capacidade de percepção e síntese se amplia. Faço essa auto análise como resultado do meu desempenho ministerial. Assim como é também através dessa práxis pastoral que tento distinguir o assunto e temática pobreza daquilo que toca diretamente o pobre em seu contexto de vida comunitária. Especificamente sobre o pobre, o que faço são apontamentos que levam em consideração a minha atividade como pastor. Pode ser que a revelação que faço do ponto de vista de minhas capacidades encontre identificação  com colegas de minha faixa etária, mas não é este o objetivo a que se presta este texto.

      Pois bem, se é do alto de minhas experiências enquanto pastor que resolvi produzir este texto. Ele então deve tornar claro o matiz teológico e ou ideológico pelo qual se pauta. Não é nada surpreendente, logo, não pode nem deve causar espanto a opção de se constituir como referencial para este texto como forma de dialogação com alguns textos referências. Um deles é a Teologia Sistemática de alguém como Paul Tillich. Que sempre buscou o diálogo entre as muitas tendências teológicas. e jamais descartou ou abandonou o diálogo de conciliação naquelas questões mais conflitantes.   

      Já me debrucei mais de uma dezena de vezes sobre a Teologia Sistemática de Paul Tillich. E não sei avaliar  se cada pastor, do ponto de vista e ação ministerial que tem, se este nome pode ou não causar algum espanto ou terror. Eu tenho um amigo lá em Minas Gerais que é um ministro da IPB(Igreja Presbiteriana do Brasil). Ele sempre esboçou uma reação sintomática nas ocasiões em que citei algo relacionado ao pensamento de Tillich. Ele simplesmente se exaspera. Pois bem, o motivo atribuído por ele para tal atitude é de que a teologia de Tillich é a Bíblia dos presbiterianos independentes. 

      Desde uma situação específica como esta ocorrida em arrais presbiterianos, vou deduzir que as restrições que se fazem a este teólogo e seu pensamento são de natureza pessoal e, ou porque denotam um tipo de experiência amarga e histórica para sua denominação. Contudo, deixando as preferências de uns ou  as divergências de outros, o que se pode constatar nos textos de Tillich é sua capacidade de síntese. Essa constatação não é pessoal, mas de domínio público. Mas acompanho positivamente este pensamento dos seus críticos e(ou) admiradores. Todos eles são unânimes em afirmar que uma de suas grandes virtudes estava em dialogar com toda a tradição da igreja desde o período clássico até os seus últimos dias.

      Pessoalmente, o  que posso comentar a cerca dos textos de Tillich  que até o presente momento tive acesso, mostra alguém que, com muita maestria, ele não foi o único, soube historicizar e sistematizar o pensamento  cristão ocidental. Não o considero um historiador do cristianismo e muito menos do dogma, mas ao lidar com  todas as categorias do pensamento, claramente em suas respectivas épocas de manifestação além de seus principais protagonistas e representantes, ele é capaz de fazer com que cada um de nós perceba e veja, até com muita naturalidade, a simplicidade de seu método de CORRELAÇÃO. 

      Porém o assunto que aqui nos interessa, não se constitui numa aula de teologia ou de história da teologia. O que tenho em mente destacar quando  trago à memória uma das muitas qualidades desse grande teólogo é sim a sua grande capacidade de diálogo. Essa foi uma característica marcante em toda a sua carreira acadêmica. Ela lhe dava tanto uma perspectiva de entendimento para seu tempo a partir de um passado e facilitava consequentemente uma projeção quanto ao futuro sob a ótica da teologia protestante, ou como ele mesmo fazia questão de enfatizar: "O princípio protestante". 

     Ao fazer a introdução em sua Teologia Sistemática, Tillich também a relaciona uma análise pertinente ao que aconteceu à teologia no decorrer dos séculos quando historicamente ela deixou de ser a rainha das ciências na academia. A sua atitude ao aludir a queda de status da teologia foi uma adequação a esta nova realidade. Se a teologia é uma entre tantas outras ciências, seu fazer teológico acontecerá dialogando com todas as tendências e com a cultura. Decididamente ele não é um teólogo que vive na clausura e desde uma postura acadêmica, é um teólogo multidisciplinar.

      Este texto também não pretende deixar dúvida quanto a postura que tenho adotado enquanto ministro evangélico da palavra. Antes mesmo que ele possa gerar alguns males entendidos, ainda que, confesso que estamos passando por um daqueles períodos que a história tem apontado como bastante nebuloso. Infelizmente o patrulhamento ideológico também alcançou os nossos arraiais e uma palavra aqui, ou uma frase acolá mal interpretada, tem gerado algum mal estar não no meio do rebanho do Senhor, mas entre os seus ministros. 

      Portanto, vale dizer que o que se pretende discutir neste texto, não demanda por parte de quem quer seja nenhum tipo de ação repressiva. Pelo contrário, o objetivo é sempre o fortalecimento e troca de experiências entre todos e principalmente entre os colegas de ministério. E para não perder esse foco sobre as questões que se apresentam desde uma uma prática ministerial, é que tenho  feito a proposição de leitura do texto do evangelho de João 12:1-8.

      É evidente que a proposta de apreciação deste texto não será objeto de análise sob a ótica dos pressupostos homiléticos e pastorais. Entretanto, isso não significa que a utilização deste texto seja meramente uma formalidade ou no máximo uma ocupação de espaço e um mero pretexto de utilização sem objetivos devidamente definidos. Porém o que demandou sua escolha foi a divulgação, por ocasião da comemoração dos 40 anos do CMI(Conselho Mundial de Igrejas), de que ocorreria uma consulta global teológica, e, esta restrita a alguns especialistas, tendo em vista a produção de um parecer que, a posteriori, servirá para orientar pastores e líderes das entidades membros do CMI quanto ao tratamento a ser dado à teologia da prosperidade.

      Basicamente o texto a ser utilizado é este de João 12:1-8. Neste a sua narrativa nos insere diretamente em um dos acontecimentos que precedem a chegada do Senhor Jesus à Jerusalém. Diferentemente de Mateus e Marcos, João introduz alguns detalhes redacionais, em que pese o fato de Jesus se hospedar em casa de Lázaro, e não na casa de Simão, o leproso(Mateus 26:6; Marcos 14:3), e de que segundo a narrativa Joanina a mulher que unge a Jesus não é uma desconhecida e sim Maria irmã de Lázaro. 

      Num primeiro momento, o que há de significativo neste texto é a sinalização de que que o Senhor Jesus jamais perde a oportunidade para estar e se reunir tanto com os discípulos quanto com  aquelas pessoas mais achegadas a ele. Nada melhor do que estar em casa de amigos e em torno de uma mesa. O cenário, o ambiente é a casa do amigo Lázaro. Porém, mesmo que fosse outro cenário e circunstâncias diferentes como em Mateus e Marcos, ainda assim o Senhor Jesus se encontra em torno de uma mesa.

      Isto já seria suficiente para que extraíssemos lições  bastante elucidativas e preciosas para as nossas vidas. Já que tanto num contexto de comunhão de mesa, ou em outra situação, as suas intervenções miraculosas são sempre positivas na vida das pessoas. Essas mesmas intervenções não somente se constituem como elementos de inserção social. Elas também se configuram como elementos de inserção histórica do Senhor Jesus.

      Sem que se objetive, deste momento em diante, qualquer tipo de ação elucidativa, investigativa e histórica como forma de se alcançar a fonte primária de um outro evangelho nesta passagem, em especial. O que se objetiva tendo por base a ação miraculosa de Deus em Cristo Jesus é ressaltar que, embora não haja um discurso teológico e Neo testamentário contra ou a favor da riqueza, toda ação de Cristo, e nenhuma delas deixa de ser miraculosa, está direcionada a favor dos pobres.

      Cristo é alguém que faz parte e por isso está inserido no processo histórico, cultural e social de seu tempo. Ele é capaz de agir, e, neste caso, alheio a qualquer discussão de caráter ideológico, a respeito e a favor dos pobres. Entretanto, há algumas semelhanças entre a comunidade dos seus seguidores e comunidade dos Essênios, quando o assunto é a comunidade de bens. O verso 6 do capítulo 12 de João é indício disto conforme Joachim Jeremias(JEREMIAS, Joachim. Teologia do Novo Testamento. p.267).

      O ponto focal deste texto que mereceu minha apreciação está na razão direta da ocorrência de um desperdício. Um bálsamo caríssimo foi despejado sobre os pés do Senhor Jesus e, por isso mesmo, foi considerado como uma grande perda. E acabou se tornando objeto de uma discussão. Já que o que foi desperdiçado poderia ser vendido e revertido a soma em dinheiro a favor dos pobres. A objeção feita por Judas quanto a melhor utilização daquele produto aromático está dentro de toda lógica que se tem falado a cerca de Jesus quanto a sua opção pelos pobres. Entretanto, e acho que é isto que o texto se esforça em registrar, dá conta de que este discurso vindo de quem vem, perde todo e qualquer tipo de legitimidade.

      O redator de João não poupa adjetivos para caracterizar o comportamento, o caráter sombrio e desonesto daquele que, segundo o texto, tendo a custódia da bolsa, sempre que possível subtraia o que nela era lançado. A mesma lógica desse discurso de Judas vai persistir nas palavras de Jesus daqui pra frente. Mas isto não é motivo pra que ele atropele e passe por cima daquela mulher, e desconsidere sua atitude bem intencionada. Sua apalavra para com Judas não se constitui em algum tipo de censura ou reprovação. Porém o adverte para o fato de que a atitude da mulher obedece a um contexto de antecipação escatológica que naquele momento passava despercebido por Judas, pelos demais discípulos presentes na casa e pela própria Maria, irmã de Lázaro.

      Jesus não falou com Judas com o objetivo de censurá-lo, mas suas palavras mostram muito bem como ele desconstrói esse discurso hipócrita a cerca dos pobres que é capaz de insinuar uma defesa dos pobres alegando uma total de falta de sentido com  aquela atitude tomada por Maria ao derramar o bálsamo caríssimo sobre seus pés. Logo não seria aquele aparente ato impensado, desprovido de qualquer sentido imediato(Venda do produto) que anularia a ação bem intencionada daquela da mulher e que foi capaz de fazer com que o Senhor Jesus entendesse como ato profético que corroboraria com sua missão messiânica.

      Os pobres até hoje continuam presentes entre nós e o que se depreende disso com base nos ensinamentos do próprio Cristo é que o problema da pobreza não é de responsabilidade divina. Até porque o Senhor Jesus ao fazer tal afirmação a Judas no verso 6, não faz como se fosse uma profecia. E está mais do que provado que a pobreza não é um mal inerradicável. O que sempre aprendi desde a minha mais tenra idade, é que Deus nunca faz aquilo que podemos fazer. E se naquilo que podemos fazer e não fazemos, somos por isso mesmo trazidos a juízo. Isto é tão dramático para nós, que o redator do evangelho de Mateus 25:31-46 elenca alguns aspectos caracterizadores da pobreza, dentre tantos outros, em todos os tempos, como elementos balizadores do juízo divino na PAROUSIA DE CRISTO, tanto para a salvação quanto para o castigo eterno.

      Retomando o assunto gerador deste texto, que alude àquela consulta teológica do CMI, e o seu posicionamento ante ao conceito teológico de prosperidade tão massificado entre os cristãos pentecostais e neo pentecostais nos últimos 20 anos, pelo menos. Buscando seguir este encaminhamento de questão pela via histórica, constata-se que este movimento é ocasional e oportunista. Seu espaço no cenário religioso e social toma corpo e forma durante  o período de declínio do movimento dos teólogos progressistas católicos que, no cenário interno do catolicismo, era duramente combatido por João Paulo II.

      Esse movimento progressista católico também intitulado de Teologia da Libertação era notadamente de orientação marxista, e que fluía com tamanha especificidade no ambienta latino americano. De certa forma a ênfase nesta tal teologia da prosperidade deixa transparecer algum tipo de contra ofensiva liberal e capitalista na acepção da palavra. O homem que recebe a benção divina é alguém que propõe uma espécie de prova performática com Deus. A benção divina está condicionada ao desafio que ele próprio propõe ao Senhor. Este tipo de proposição já se encontra presente em Jacó, mas é objeto de descarte, por conta do embate entre a Existência Profética e a Existência Cultual-Legal, uma vez que atitude arrogante do patriarca condiciona o culto de Betel ao atendimento de suas preces.(FOHRER, Georg. Estruturas Teológicas Fundamentais do A.T. p.122)

      O vento que soprou a partir do contexto católico e latino americano e que buscava reformas estruturais capazes de diminuir a grande concentração dos bens de produção  em mãos de uma minoria. Que gerava como principal consequência uma grande massa de espoliados, afetou, em menor escala, é claro, os nosso arraiais. Longe de ajuizar a instrumentalização deste matiz ideológico sob a ótica e ética marxista, o que precisamos refletir e um momento como  este, é se, afinal de contas, persistem os mesmos fundamentos que produziram e alimentaram este movimento teológico durante décadas?

      Grosso modo, a despeito do encaminhamento de algumas políticas públicas de governo, também conhecidas como ações afirmativas. E por serem políticas de governos e não de estado, têm seus prazos de validade determinado e ainda trazem consigo um viés assistencialista. Por si só, essas políticas já se configuram como paliativos. Não necessariamente por causa dos programas, ideias e intenções que os acompanham, mas especialmente devido aos gestores governamentais. É ponto pacífico aquela máxima existente no país de que a corrupção é endêmica.

      Uma coisa que é altamente preocupante na dinâmica dessa teologia da prosperidade é o alijamento dos mais humildes da comunhão na igreja. Se no passado já persistia uma crítica quanto a adesão de algumas igrejas históricas aos poderosos e que sempre conduzia os pobres à periferia de tudo, uma vez que eram, em razão do seu baixo poder aquisitivo, uma peça descartável. O juízo que se construiu a partir daí foi que a igreja sem os pobres era um lugar vazio e abandonado por Jesus.

      Estamos em uma encruzilhada e não podemos sob o estigma do fantasma demagógico, abrir mão de nossas responsabilidades enquanto pastores e líderes. A essa altura do campeonato, não existe espaço para qualquer atitude omissa de nossa parte. Mesmo que não venhamos a construir um discurso de matiz ideológico diante de uma realidade que afronte aos nossos olhos. Mesmo que apoiemos as várias ações afirmativas patrocinadas pela totalidade das esferas de governos. Ainda haverá uma substancial defasagem  entre o ideal e o real que, seguindo o exemplo da fé veterotestamentária logrou lugar e espaço para  o profetismo bíblico. Onde sua principal base de sustentação estava na dependência única e exclusiva da providência divina.

      Quando no início deste texto fiz menção de Paul Tillich, fiz pelo fato dele próprio afirmar que o ambiente gerador de toda a teologia é a igreja. O teólogo produz sua teologia na igreja e para a igreja. Somo teólogos, e já que nosso ambiente de trabalho e de maturação de nossas ideias tem como pano de fundo o ambiente eclesiástico e, embora a orientação que damos ao nosso ministério não corresponda a expectativa desta ou daquela coloração teológica, ou seja, se não somos adeptos da teologia da prosperidade e muito menos da teologia da libertação. Que espécie de teologia estamos produzindo desde um ambiente onde transitamos como eleitos de Deus e chamados para apascentar o rebanho do Senhor?

      Desejo encerrar este texto trazendo à lembrança uma situação significativa e que envolve a figura do próprio Cristo. No evangelho de Mateus 9:36, o Senhor Jesus ao olhar a multidão do alto de um monte teve compaixão dela, pelo simples fato de andarem como ovelhas que não têm pastor. Logo, penso que o que deve orientar e inspirar nossas ações, será também este sentimento que incondicionalmente esteve presente no coração de nosso Senhor Jesus Cristo e na condução de todas as suas intervenções miraculosas a nosso favor. Que Deus nos abençoe. Amém!

      

      

      

      
      

      

      

        

      


      









John 12 Byzantine
1Ὁ οὖν Ἰησοῦς πρὸ ἓξ ἡμερῶν τοῦ Πάσχα ἦλθεν εἰς Βηθανίαν, ὅπου ἦν Λάζαρος ὁ τεθνηκώς, ὃν ἤγειρεν ἐκ νεκρῶν. 2Ἐποίησαν οὖν αὐτῷ δεῖπνον ἐκεῖ, καὶ ἡ Μάρθα διηκόνει· ὁ δὲ Λάζαρος εἷς ἦν τῶν ἀνακειμένων σὺν αὐτῷ. 3Ἡ οὖν Μαρία λαβοῦσα λίτραν μύρου νάρδου πιστικῆς πολυτίμου, ἤλειψεν τοὺς πόδας τοῦ Ἰησοῦ, καὶ ἐξέμαξεν ταῖς θριξὶν αὐτῆς τοὺς πόδας αὐτοῦ· ἡ δὲ οἰκία ἐπληρώθη ἐκ τῆς ὀσμῆς τοῦ μύρου. 4Λέγει οὖν εἷς ἐκ τῶν μαθητῶν αὐτοῦ, Ἰούδας Σίμωνος Ἰσκαριώτης, ὁ μέλλων αὐτὸν παραδιδόναι, 5Διὰ τί τοῦτο τὸ μύρον οὐκ ἐπράθη τριακοσίων δηναρίων, καὶ ἐδόθη πτωχοῖς; 6Εἴπεν δὲ τοῦτο, οὐχ ὅτι περὶ τῶν πτωχῶν ἔμελεν αὐτῷ, ἀλλ’ ὅτι κλέπτης ἦν, καὶ τὸ γλωσσόκομον εἴχεν, καὶ τὰ βαλλόμενα ἐβάσταζεν. 7Εἴπεν οὖν ὁ Ἰησοῦς, Ἄφες αὐτήν· εἰς τὴν ἡμέραν τοῦ ἐνταφιασμοῦ μου τετήρηκεν αὐτό. 8Tοὺς πτωχοὺς γὰρ πάντοτε ἔχετε μεθ’ ἑαυτῶν, ἐμὲ δὲ οὐ πάντοτε ἔχετε.

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