TEMA - Conquistando e multiplicando, movidos pela graça.

TEXTO - II Coríntios 2:14

ICT - O apóstolo glorifica a Deus que por meio de Cristo se percebe a sua presença em todo lugar pelo odor que se exala de sua presença.

OBJETIVO GERAL - Levar a congregação ao entendimento de que a nossa presença é perceptível pelo odor que exalamos.

OBJETIVO ESPECÍFICO - O odor que exalamos é para revelar tanto que somos de Cristo, quanto para também nos denunciar que não temos parte para com ele.

TESE - Somos movidos pela graça e por isso conquistamos e multiplicamos.




INTRODUÇÃO


     A primeira vez que ouvi uma leitura exegética desse texto, por incrível que pareça, foi há, pelo menos, 37 anos atrás. Eu estava com 19 para 20 anos. E, ao entrar na capela do STBSB, uma vez que era a abertura do ano letivo de 1981, estava ali um pastor muito conhecido de todos os Batistas chamado Russell Shedd. Ele fora escolhido para a ministração daquilo que chamamos de aula magna, ou aula inaugural. Eu confesso que não prestei muita atenção na leitura e explanação deste texto pelo pastor Shedd. Isto se deu por um único motivo. Tudo ali era novidade para mim. Era uma cerimônia cheia de pompa. Estavam ali aqueles pastores tidos como mestres e doutores em suas respectivas áreas. Ou seja, o deslumbramento pelo visual tomou conta de tal maneira da minha pessoa, que não conseguia absorver tudo que estava acontecendo ao mesmo tempo e a meu redor.

     Uma coisa, porém, me chamou a atenção. E ela dizia respeito a forma como o pastor Shedd fez a aplicação especificamente deste verso. Principalmente na expressão utilizada por Paulo: "Que sempre nos faz triunfar, ou caminhar em triunfo, em Cristo". Ora a expressão em Cristo é uma marca registrada que Paulo utiliza naturalmente e é também uma herança de sua religiosidade judaísta. "Se alguém está em Cristo"(II Coríntios 5:17); Pois bem, a aplicação a que fiz menção relatava um fato que era corriqueiro quando algum comandante romano ao retornar a Roma e ser recebido pelo imperador. Até que chegasse ao imperador eles faziam um cortejo para celebrar a vitória. Neste cortejo, até mesmo os povos vencidos e conquistados por aquele comandante desfilavam fazendo parte do cortejo e caminhando em triunfo.

     Alguns outros hermeneutas chegaram até mesmo a fazer uma analogia com o evento relatado nos evangelhos a cerca do caminho do Senhor Jesus em direção ao Gólgota(Via Crucis). Aludindo em suas leituras de que o que poderia transparecer como derrota para Jesus e seus seguidores, na verdade foi a vitória por ele alcançada na Cruz. É evidente que este tipo de leitura encontra muito mais plausibilidade. Ela traz consigo tudo o que se possa caracterizar como evento, no sentido que, o próprio evento Cruz são uma simbiose de situações concomitantes capazes de nos induzir do ponto de vista do sentido que elas emprestam com o objetivo de se concluir favoravelmente de que a Via Crucis foi o caminho para a vitória sobre a morte e sobre o maligno.

     Durante muito tempo esta imagem e aplicação desta mensagem fez parte de minha memória. Ela faz até hoje, pois se não fizesse, eu não a estaria rememorando agora. Porém, comecei a querer entender e, quem sabe, até mesmo fazer alguma releitura desta passagem sem que tivesse como referencial a aplicabilidade da qual se serviu o pastor Shedd na leitura deste texto. Em alguns momentos, pensei até mesmo em fazer um requerimento junto ao STBSB, para que me disponibilizasse o texto desta aula magna. Acho que eles devem ter algum registro do mesmo em seus arquivos. Mais para frente, talvez eu faça isto, se até lá eu ainda gozar de minha boa saúde mental. Por ora, o que pretendo a nível de leitura deste texto, claro, tendo esta vaga lembrança da explanação do saudoso pastor Shedd, é vislumbrar que possibilidades todo o capítulo 2 de II Coríntios nos oferece, e especialmente o verso 14.

     É evidente que se torna indispensável a apropriação de todo o contexto. Ou seja, os versos precedentes ao 14, assim como os que o seguem. Este capítulo se inicia com Paulo fazendo menção de que alguém no seio da igreja de Corinto o estava caluniando. E o principal objetivo era minar sua autoridade de apóstolo entre os Coríntios. O envio desta missiva se justifica pelo fato de que este incidente causou profunda tristeza no coração do apóstolo. Ele, portanto, não se vê numa necessidade urgente em ir até Corinto para sanar esta dificuldade. Há muita tristeza e mágoa por conta disso. Ele então aconselha a liderança da igreja que trate com amor e carinho ao insurgente. E que o mesmo não seja alijado do convívio e comunhão com os demais crentes. Segundo ele, os crentes daquela igreja precisavam de muita argúcia de tal maneira que identificasse os ardis de satanás.

     Enquanto o apóstolo se concentra na escrita do texto desta referida epístola, ele está envolvido em uma constante movimentação de uma cidade para outra. Ele é capaz de confidenciar o quanto é solitária sua vida de missionário. E se ressente de companhia de alguns de seus colaboradores tal como o próprio Tito. O trabalho missionário é recompensador por revelar o quanto nos identificamos com o Senhor Jesus. A tal ponto de exalarmos o odor ou fragrância do mestre. Este aspecto sinestésico do linguajar de Paulo é o divisor de águas quanto ao ajuizamento que se constrói do ponto de vista soteriológico. Tanto os que se salvam quanto os que se perdem são capazes de absorver este odor, ainda que o efeito não seja o mesmo. Já que para alguns é cheiro de vida e para outros é cheiro de morte.

     Onde quer que corporalmente nos encontremos, exalamos este bom perfume e todos conseguem ficar impregnados desta essência. E o apóstolo entende que isto não está relacionado a algum mérito de nossa parte. Quem de nós se mostrou idôneo para isto? Isto é um ato soberano de Deus: "Para Deus somos o bom perfume de Cristo". O apóstolo não questiona este ato soberano. Isto também contribui ao fato de que somente se pode exalar o perfume de Cristo se realmente estamos comprometidos com ele. Por ele realmente fazer parte de nossa vida. E de falarmos ou testemunharmos dele com sinceridade e pureza. É por conta disso, que Paulo afirma que o nosso trabalho missionário se reveste de uma realidade tal a ponto de, ao falarmos de Cristo, falamos dele como se estivéssemos falando de Deus e na presença de Deus.

     A questão do aroma bem como da presença corporal e o que essa presença corporal onde quer que se faça presente exale. A relação do aroma com a presença de Cristo é automática. A exploração dos recursos estéticos marcadamente registrados pela sensibilidade olfativa é mais uma das iniciativas do apóstolo ao destacar que a presença de Cristo está relacionada tanto ao deslocamento de seus missionários bem como pelo doce perfume que eles carregam para todo lado. E exalar a fragrância do seu conhecimento mostra que estamos impregnados de Cristo em nossos corpos. Ao mesmo tempo em que relaciona esse doce cheiro com o conhecimento que dele foi adquirido. O nosso odor corporal tem muito a ver com aquilo que ingerimos.




I - GRAÇA COMO FORMA DE DEVOÇÃO (V. 14a)


     O que o apóstolo Paulo jamais omite em suas epístolas é o reconhecimento de que a glória é sempre dada a Deus e por meio de Cristo. Quer estejamos em uma situação aparentemente desconfortante e com o sentimento de impotência reinante ante as dificuldades; Quer estejamos em uma situação de que temos triunfado sobre as dificuldades que se nos apresentem. A devoção do apóstolo tem apenas um único endereço. Ela é direcionada a Deus e por meio de Cristo. Sempre por meio de Cristo.

     Portanto, é a graça que possibilita todo e qualquer tipo de ação com o objetivo de glorificar a Deus. Ela é a única forma de devoção. Ao mesmo tempo em que reflete a doutrina econômica da trindade. Pois quando reverenciamos a Deus, o fazemos para aquele que simbolicamente representa a transcendência(O Pai). Assim como fazemos tudo isto pela mediação de Cristo. Este texto por si só reflete o que de mais primitivo e puro se constitui na devoção e reconhecimento de nossa parte para com Deus.

     É até mesmo um sacrilégio falarmos aqui em devoção sob pena de incorrermos inconscientemente num sistema de mediação estabelecido ao longo de nossa história cristã em níveis ou graus de mediação. Não há nada disso aqui, e o que possibilita isto que pra nós quase se torna um ideal é a doutrina da graça tal qual a vemos exposta neste texto Paulo. A questão da graça sempre aludida por Paulo sintetiza de maneira um tanto quanto simbólica a capacidade infusa em nós de estarmos na presença de Deus.

     Essa relação para com Deus por meio de Cristo e de quem tivemos por conta disso acesso a sua plenitude, nos inseriu em um estado de coisas onde tudo acontece conforme a expressão de João 1:16, graça por graça. Em um momento ou situação como esta a única atitude que nos resta é reverenciarmos a Deus por meio de sua graça: "Graças a Deus!" Logo, é o único meio que dispomos e por onde damos vazão a nossa devoção para com o Deus misericordioso.




II - O TRIUNFO QUE SE ALCANÇA EM CRISTO(14b).


     Nós abordamos no tópico passado a questão da devoção e quando a mesma é direcionada única e tão somente a Deus. Mas, que motivos, afinal de contas, temos para reverenciarmos a Deus? Será tão somente pelo fato de que alcançamos o triunfo sobre tudo e todas as coisas, sem que absolutamente haja qualquer tipo de mérito em nós mesmos? É evidente, e não dá pra pensar diferente quando o assunto é Deus agindo de forma misericordiosa a nosso favor. Entretanto, se pensarmos na graça como uma estrada de acesso a Deus que, antes de Cristo, estava intransitável. E, que agora está pavimentada. Tomamos conhecimento de que as condições para seu uso são as melhores possíveis. Mas, ainda assim, precisamos ter a absoluta certeza de que as suas excelentes condições de trânsito são perfeitas do início ao fim. E, para tanto, somente se nos enveredarmos por ela. 

     Para Paulo, este estar em Cristo, é uma atitude antecipatória, e, que desde uma perspectiva humana sob as condições da nossa existência que, envolve sim a finitude, faz com que através da fé nos lancemos para um ambiente onde a presença divina é real e que apesar de sermos imperfeitos, ele nos torna perfeitamente justificados e dignos em desfrutarmos de sua presença real. Tudo isso somente se alcança pela fé que depositamos em Cristo. O triunfo não é necessariamente a superação de nossas dificuldades materiais e seculares. Deus coloca-nos a disposição tanto a sua graça quanto a fé como instrumento para que tenhamos acesso a sua pessoa. Porém, sem Cristo nada disso se torna real ou possível. Nele e sempre por seu intermédio triunfamos, pois a presença de Deus possibilitada por sua mediação é que nos blinda de todos os males e dificuldades.

  A chave para entendermos a natureza do nosso triunfo é a mediação de Cristo. Não pode haver qualquer tipo de dúvida a esse respeito. O apóstolo chega a ser categórico ao afirmar que Deus SEMPRE nos faz alcançar o triunfo em Cristo. Não há qualquer tipo de redundância ao afirmarmos que somos eleitos por Deus em Cristo. É por meio dele, Cristo, que o Deus todo poderoso se aproximou e se aproxima de nós, bem como por meio dele também podemos nos aproximar dele, Deus Pai. Logo, eu jamais diria que é um segredo, já que toda a mensagem da revelação anunciada por Cristo se sustenta por este ato divino de reconciliação para com o homem pecador e perdido. E é também o motivo pelo qual o apóstolo Paulo reverencia a Deus com ações de graças. Já que este triunfo somente acontece em Cristo Jesus.




III - A RELAÇÃO COM ELEMENTOS SINESTÉSICOS(14c)


     Esses elementos sinestésicos podem facilitar um tipo de leitura qualquer que fundamentalmente tem uma relação com o viés psicológico ou até mesmo de caráter estilístico no caso de um texto literário. Geralmente são palavras que evocam sensações e percepções diferentes desde um som ou ruído, bem como um cheiro e sua relação com uma cor. Evidentemente que isto varia de indivíduo para indivíduo. Porém, quando o apóstolo usa deste artifício para falar a esta igreja, ele a conhecia muito bem e dela era muito conhecido também. Aqueles crentes, então, estavam bem a par do tipo de expressão que o apóstolo utiliza. Ao mesmo tempo, que esta associação com Jesus através do cheiro, ou doce fragrância, estabelecia conforme o próprio texto como uma relação mais próxima com o mestre de tal forma que se constituía no aspecto distintivo daqueles que em todo lugar exalavam esse cheiro atrelado ao conhecimento advindo do relacionamento com Deus em Cristo Jesus.

     É evidente que essa nova vida em Cristo corresponde a uma dimensão de integralidade. Com absoluta certeza pode ser chamada de uma antropologia geral no sentido de sua abrangência quando o assunto é o tipo de benefício que Deus através de Cristo proporciona ao homem. O homem aqui, sob pena de se incorrer num anacronismo, é o indivíduo em tudo aquilo que compete à sua relação com Deus e com o mundo. E a eficácia de uma ação graciosa da parte de Deus por meio Cristo faz com que a medida que cada ser humano é alcançado, simetricamente essa graça também tende a se multiplicar. Também não dá para se omitir o senso e sentido de espacialidade que esta graça ao se multiplicar alcança: "Por meio de nós manifesta em todo lugar a fragrância do seu conhecimento". Os nossos corpos também têm linguagem própria. E a relação apontada entre esse doce e suave cheiro de um perfume dá muito bem a entender que, muito embora a questão de uma linguagem sinestésica esteja em foco, ela tão somente aponta para o grau de envolvimento e comprometimento que o cristão, em especial, tem com Deus por meio de Cristo.

     Mas, o texto também deixa bastante claro que o odor a que faz menção e que por ser marca registrada daqueles que possuem uma nova vida em Cristo, revela, no caso do relato e experiência de Paulo, que tudo isto somente se configura como verdade em sua materialidade quando se faz a obra em conjunto com outros que também são solidários na sua consecução. Percebe-se isto com tamanha nitidez nos versos 12 e 13 deste capítulo os quais precedem o 14, objeto dessa reflexão, na referência que o apóstolo faz a Tito, seu irmão, e o infortúnio provocado por sua ausência. O evangelho não pode ser equiparado ao sonho de uma pessoa e a busca por realização, muito menos tocado como um empreendimento pessoal. Talvez seja por isso que não tenha se sentido  a vontade para tal desafio ao chegar a Trôade. Ele sinalizou logo a ausência do amigo e irmão Tito, e, isto o deixou bastante preocupado e pensativo a ponto de, se despedindo, daqueles irmãos ali em Trôade, partir para a Macedônia.







CONCLUSÃO



     De tudo que se tem falado nesta leitura, fica aquela percepção de que a mesma não corresponde ao tipo de abordagem temática proposta para ser seguida. A mesma pode ser entendida como uma leitura feita à revelia do que fora proposto. Pode ser que sim. Afinal de contas, quem está levantando esta discussão é o seu autor. Em algum momento percebi que o texto me levava em direção contrária ao que o tema me sugeria. Nestes casos, segui a leitura do texto e aqueles aspectos passíveis de serem identificados em seu interior. Não cabe aqui destacar o porque de uma proposição temática como esta, muito embora haja uma explicação bastante peculiar. O que importa, e isto foi suficientemente positivo pra mim, é o prazer em analisar o texto desta epístola explorando as variadas possibilidades hermenêuticas e, consequentemente o entendimento de que a referida proposição temática atingiu ou não os objetivos que lhe foram propostos.

     Quando se tem uma aproximação maior com este tema e consequentemente a utilização de duas formas verbais no gerúndio. O principal aspecto a se identificar é o elemento dinâmico. Uma vez que a própria forma nominal dos verbos em questão nos dão conta disso. Outro dado, é que são duas formais verbais que se completam simultaneamente, mas que obedecem a um movimento progressivo. A título de entendimento, esta sequência está muito bem delineada pela forma como a concomitância das ações verbais estão dispostas. Deus nos faz triunfar em Cristo, manifesta através de nós e em todo lugar o doce e agradável do seu conhecimento. Se pensarmos na proposição temática e este conquistar que significa entre outras coisas ocupação espaços, o resultado é tão somente a multiplicação pela difusão e exalação em forma de odor do conhecimento revelado em Cristo.

     E quando foi feita menção dos recursos sinestésicos utilizados pelo apóstolo. Fica bastante claro que o objetivo de Paulo não é tão somente que os crentes tenham como recurso que auxiliam no entendimento da mensagem divina e a dimensão da situação e realidade experienciada por eles não se restringe ao órgão da visão. É fato, que o apóstolo não somente alude ao cheiro de conhecimento vindo da parte do Senhor por meio de sua maior revelação, assim como assim como exalamos o mesmo conhecimento e, além do mais, distinguimos pelo olfato quando o referido conhecimento é vindo da parte do Senhor. E quando ele vem de Deus, a fragrância é doce, agradável e impregna a todo o ambiente. 

    

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14 Τῷ δὲ Θεῷ χάρις τῷ πάντοτε θριαμβεύοντι ἡμᾶς ἐν τῷ Χριστῷ καὶ τὴν ὀσμὴν τῆςγνώσεως αὐτοῦ φανεροῦντι δι’ ἡμῶν ἐν παντὶ τόπῳ 15 ὅτι Χριστοῦ εὐωδία ἐσμὲν τῷ Θεῷἐν τοῖς σωζομένοις καὶ ἐν τοῖς ἀπολλυμένοις 16 οἷς μὲν ὀσμὴ ἐκ θανάτου εἰς θάνατον οἷςδὲ ὀσμὴ ἐκ ζωῆς εἰς ζωήν καὶ πρὸς ταῦτα τίς ἱκανός 17 Οὐ γάρ ἐσμεν ὡς οἱ πολλοὶκαπηλεύοντες τὸν λόγον τοῦ Θεοῦ ἀλλ’ ὡς ἐξ εἰλικρινείας ἀλλ’ ὡς ἐκ Θεοῦ κατέναντιΘεοῦ ἐν Χριστῷ λαλοῦμεν
     



      


      

     

     

     




"DEUS ACIMA DE TODOS"



     Eu sou um pastor de confissão Batista. E um dos princípios que se notabilizou como marca registrada, uma espécie de emblema de nossa denominação evangélica e protestante de que faço parte. Tanto tradicional quanto confessionalmente é a total separação da igreja e do estado. Ainda que, do ponto de vista da instituição, não haja esse visível envolvimento, percebe-se uma maior adesão política ao candidato de extrema direita que se apresenta neste momento e cenário político como aquele que vai colocar a nação novamente nos trilhos da moral, da família e dos bons costumes.

        Vale lembrar que no período que precedeu ao golpe militar de 1964. Esse mesmo tipo de apelo de uma pretensa sociedade conservadora e brasileira esteve presente nos movimentos de rua e que fora capitaneado por aqueles que se diziam representantes dos anseios da sociedade organizada. Foram movimentos como os que foram liderados pela TFP, por ruralistas e também por evangélicos que seguem a cartilha do fundamentalismo americano.

      Entretanto, o meu objetivo nesta postagem não é meramente uma crítica ao atual cenário político nacional que nós brasileiros deste início de século 21 temos presenciado de perto. O objetivo é tão somente querer entender como uma expressão que no bom português e teologicamente é sem noção. Pois, beira a insanidade, se tornou o lema e faz parte do ideário político de uma boa parcela da sociedade.. A doutrina cristã leva esse nome não por acaso. Ela é cristã por se basear no ensinamentos de Cristo.

      Qualquer entendimento que temos a cerca de Deus, passa obrigatoriamente pelo que o Cristo nos deixou como legado. O principal legado desse homem de Nazaré era de que o Deus dos judeus conhecido nesta época através dos registros escriturísticos da Lei e dos profetas. Não estava longe e o que fez com que Ele se aproximasse do seu povo foi o seu grande amor e misericórdia. Com isso foi introduzido em seu discurso e que hoje entendemos como símbolos Reino de Deus, Vida Eterna. Além do que fomos introduzidos num novo patamar de relacionamento para com Deus onde podemos agora chamá-lo de Pai.
      
      O legado e ensinamento de Cristo vai na contra mão desta frase e ideário político e ideológico que Deus está acima de todos. Ele também comete um erro anacrônico e que tem tudo a ver com a ciência principalmente se o nosso entendimento da cosmologia está relacionado ao conceito de uma planeta sob a forma de uma esfera. Digo isto, em função de uma onda que a cada ano tem surgido e que contesta a visão esférica da terra e afirma que ela é plana. O fato de vivermos uma época de pós modernidade e que o conceito de verdade relativa foi multiplicado exponencialmente tem gerado essas e outras distorções a respeito de como a sociedade humana e a cultura que ela produziu agora tem sido descartada como se nada fosse.

      Agora, por que ideologicamente essa expressão "Deus acima de todos" é inviável e representa não somente uma distorção teológica assim como uma incoerência para aqueles que se dizem cristãos e ao mesmo tempo fazem dela o seu lema? Nada contra e inclusive faz parte de minha confissão e profissão de fé que o Deus e pai de nosso Senhor Jesus Cristo está acima de tudo e de todos. Porém, da forma como ela foi colocada e o contexto onde se encontra é que traz consigo todo tipo de estranheza. Qualquer entendimento que tenhamos hoje a cerca do ser de Deus, somente se torna possível pelo que o Cristo nos deixou de ensinamento. Muito embora, aqueles brasileiros de confissão católica e bastante tradicionalista possa me interpelar do ponto de vista de uma visão clássica da cultura e do conhecimento humano avocando a questão da teodiceia.

     Agora, por que ideologicamente essa expressão "Deus acima de todos" é inviável e representa não somente uma distorção teológica assim como uma incoerência para aqueles que se dizem cristãos e ao mesmo tempo fazem dela o seu lema? Nada contra e inclusive faz parte de minha confissão e profissão de fé que o Deus e pai de nosso Senhor Jesus Cristo está acima de tudo e de todos. Porém, da forma como ela foi colocada e o contexto onde se encontra é que traz consigo todo tipo de estranheza. Qualquer entendimento que tenhamos hoje a cerca do ser de Deus, somente se torna possível pelo que o Cristo nos deixou de ensinamento. Muito embora, aqueles brasileiros de confissão católica e bastante tradicionalista possa me interpelar do ponto de vista de uma visão clássica da cultura e do conhecimento humano avocando a questão da teodiceia.




TEXTO - II Coríntios 4:15

TEMA  - Conquistando e Multiplicando, Movidos pela Graça.

ICT - A graça é o único instrumento estabelecido por Deus para que glorifiquemos a Deus.

OBJETIVO GERAL - Levar a congregação ao entendimento de que sem esse elemento mediador representado pela graça não existe qualquer possibilidade quanto ao crescimento e multiplicação dos seus efeitos imediatos sobre a nossa vida e muito menos sobre o nosso relacionamento para com Deus.

OBJETIVO ESPECÍFICO - Levar a congregação ao entendimento de que é a graça em nossas vidas que nos capacita com uma ação de graças para a glória de Deus.

TESE - Quanto maior o número dos crentes, maior a abundância da ação de graças.




INTRODUÇÃO



     O que se torna nitidamente perceptível neste texto, é que existe uma relação simétrica entre a graça e o número daqueles que se dizem servos do Senhor Jesus. E que a manifestação superabundante dessa graça está na relação direta do número daqueles que se prontificam a servir ao Senhor. Conquistar é um verbo que tem uma relação também direta com o aspecto volitivo de nossa mente. Conquistar é também um desejo e está muito ligado a subjetividade própria de cada um.

    A graça divina, por assim dizer, tanto cria uma motivação a nível pessoal em cada um de nós, assim como produz uma desejo de fazer com que o que poderia ficar tão somente no âmbito de uma vontade e desejo pessoal, passe para uma realização que tenha como ambiente comum um desejo coletivo, ou, porque não dizer, corporativo. A graça e somente a graça divina tem essa qualidade. quando o apóstolo faz menção dessa expressão em grego _ PANTA DI'YMAS _ Tudo isto por vocês; Ou todas estas coisas. é uma expressão de valor adjetivo e que sintetiza tudo que precedeu a este momento.

   Esta expressão pode sim abordar os desejos pessoais da conquista e acelerar o seu efeito multiplicador. Porém de forma equilibrada e direcionada. Não há exageros e muito menos aquilo que se pode chamar de hybris. O pensamento construído por Paulo até este momento ocorre na linha de tudo quanto fora feito antes e as escolhas que foram feitas lá atrás. Paulo fala da forma como seu ministério foi constituído e não de outra maneira, a não ser, sob a misericórdia divina. E sob esta misericórdia jamais desfaleceu(V. 1).

   O acelerador de partículas se é que se pode chamar deste jeito. É tão somente este elemento potencializador de tudo e que acaba movimentando a tudo. Eu estou falando da graça divina. Tudo que até aqui, e a título de introdução, tem se falado é de como a graça divina é capaz de transformar o que se caracterizava como uma completa afazia. Uma verdadeira falta de sentido para tudo e, de repente, se torna nesta profusão de coisas devidamente canalizadas, direcionadas, para um bem e fim comum. Somente a graça é capaz de produzir esta dinâmica sem extrapolar a sua relação com uma forma que também a acompanha.

    Em suma, somos movidos pela graça e precisamos ter uma consciência nítida de tudo isso, caso contrário, seremos também levados por aquela tentação que já nos derrubou uma vez, e acharmos que temos algum mérito naquilo que pela misericórdia divina se tornou realidade em cada um de nós. A graça divina dá sentido a tudo em nossa vida. Ela não somente gera um sentido de que somos parte de um todo, bem como nos proporciona o sentimento de pertencimento a este todo com o qual nos realizamos também.




I - NÃO TEMOS COMO NÃO FALAR DO QUE PRECEDE A PRÓPRIA GRAÇA.(V.15a).


     A  graça se tornou manifesta pois também é por ela que tudo que antes se encontrava encoberto. Como um tesouro a ser descoberto vem à tona e com tamanha profusão. Entretanto, o fator originador de tudo isto, não deve ser creditado à graça. Com justiça, o fator preponderante e motor disto, inclusive da graça, é o amor. Porém, um amor vindo de Deus Pai, canalizado, direcionado a nosso favor e manifesto, revelado em Cristo Jesus.

     "Porque tudo isto é por amor de vós", O amor divino foi canalizado de tal maneira a nosso favor que o resultado prático disso tudo foi a graça a nós manifesta. E esta graça apenas não é mais abrangente no tocante ao alcance de muitos outros, devido a interferência que o apóstolo atribui ao deus deste século que consegue cegar o entendimento de tantos outros. E, por conta disso, não temos como não falar do seu grande amor para com todos e não apenas para com aqueles que se salvam.  

     É muito natural que Paulo justifique a ação efetiva de seu ministério e de como por misericórdia o Deus todo poderoso o tem sustentado. E a lisura com que o apóstolo tem conduzido este ministério. De tal maneira que a grande e principal preocupação é a de pregar um evangelho genuíno: "Não nos pregamos a nós a mesmos, mas a Cristo Jesus, o Senhor". E somente quem já foi alcançado por esta misericórdia é que pode ser capaz de dimensionar a grandeza desta obra.




II - O PONTO DE PARTIDA É UMA GRAÇA DIMENSIONADA POR AQUELES QUE SÃO ALCANÇADOS(V. 15b).


     Uma graça multiplicada, reproduzida na vida de cada um que seja alcançado. É uma relação aqui numérica entre todos os que foram alcançados. É evidente que quando nós nos reportamos a tudo que esteja relacionado ao povo de Deus, existe também uma preocupação específica quanto a qualidade de vida de povo. Mas a preocupação é no sentido de que aqueles que foram alcançados pela graça de Cristo tenham a nítida certeza de que os esforços de cada um deva ser direcionado de uma maneira conjunta. Mas, mesmo assim, a ênfase ainda continua sobre os efeitos individuais desta graça na vida de cada membro do povo de Deus.

     Essa multiplicidade da graça tem objetivamente uma relação direta com a vida de cada um que foi alcançado. Ela também alavanca uma relação de crescimento do ponto de vista do que pode resultar numa progressão e redimensionamento dos números. Ou seja, pode se perceber não apenas uma projeção e expansão dessa multiplicidade, ao mesmo tempo, que seja passível de se fazer uma projeção bastante otimista desse agir divino mediatizado por sua graça. Ou seja, Deus acertou e pavimentou seu caminho e trajetória em direção ao homem. E tudo isto foi feito pela sua graça.

     Neste movimento em direção ao homem, Ele foi capaz de dispensar todo o aparato religioso construído ao longo da história de seu povo, enquanto resultado imediato de sua revelação. E se concentrou essencialmente no homem que é o real objeto de sua misericórdia e para tanto dispensou tanto as hierarquias religiosas construídas como fontes mediadoras, quanto aqueles que oriundos de um poder secular, se antepunham a maneira absolutista como seus representantes. Logo, aspiravam também o ofício de mediador.

     A parte "b" deste verso sinaliza que a graça é multiplicada por meio de muitos, isto é, aqueles que por ela foram alcançados. Efetivamente, essa multiplicação da forma como é feita tem um objetivo que haverá de ser abordado no próximo tópico. É evidente que o pensamento teológico de Paulo facilita a leitura deste texto. Assim como outros tantos relatos de experiência deste mesmo apóstolo nos demais textos ou epístolas de sua autoria. Todavia, o que se percebe em seus relatos, não somente dá conta de sua condição de apóstolo e de como nesta condição ele lida com os demais crentes e com o próprio Deus. 




III - O QUE DEVE FAZER AQUELES QUE FORAM ALCANÇADOS PELA GRAÇA?(V. 15c)


     Eu não tive como não lembrar do que se encontra registrado no relato de Gênesis 3. Ali, naquele jardim, havia um relacionamento ideal entre o homem e Deus, claro, antes da queda. O homem era a medida certa da emanação ou prolongamento divino. Por emanação, ou por delegação Deus estava no homem não apenas contemplando a sua criação, bem como nomeando tudo quanto havia criado.

     E aí veio a queda e este laço ou elo de ligação foi automaticamente desfeito. Quando nos deparamos com os escritos de Paulo e a maneira como ele vivencia e experimenta esse relacionamento com Deus mediado por Cristo. Tem-se a clara percepção de que primeiro: O relacionamento com Deus independe da mediação de qualquer ser ou instância religiosa. E que quando o apóstolo faz menção da mediação realizada por Cristo, ele o faz estabelecendo que Cristo é uma espécie de protótipo de novo HOMEM, ou novo ADÃO. Ele, inclusive, faz menção de que devemos ser imitadores tanto dele quanto de Cristo.

     Essa analogia do apóstolo fazendo com que Cristo agora seja o novo ADÃO, simbolicamente substitui o ambiente do Gênesis e introduz, como ambiente neste patamar novo de relacionamento de Deus com os homens, o efeito provocado e inaugurado por instrumentalidade da graça, mas, como já foi dito no tópico anterior, movido pelo amor divino. Tudo foi precedido pelo tão grande amor com que Deus nos amou. Mas, isto ainda não responde a pergunta sobre o que deve fazer aqueles que foram alcançados pela graça?

     Se fomos alcançados pela graça, o que afinal de contas, devemos fazer? A medida que  os grupos de seres humanos aumenta, e, isto é, de um a um; de indivíduo para indivíduo, cresce a massa daqueles que vivem segundo a graça. E, portanto, alcançam a plenitude de um relacionamento para com Deus. Disso resulta, pois este também é o objetivo, a multiplicação cada vez maior de ações de graças, simetricamente ao aumento de indivíduo por indivíduo, a Deus e para a glória de Deus. 

     A graça, como instrumento divino, é o elemento pelo qual Deus torna possível a revitalização do homem adâmico. Mas, não do primeiro Adão, pois este é da terra. Porém do segundo Adão(Cristo), aquele que desceu do Céu(I Coríntios 15:47). Até acho que deva haver uma incoerência no entendimento de que somos movidos pela graça. Pelo contrário, se tivéssemos que qualificá-la, diria que ela é aquela estrada ou caminho pavimentado pelo próprio Deus e que se torna um caminho comum tanto para o Deus todo poderoso quanto para nós trilharmos por ele.

     Respondendo àquela pergunta feita no caput deste tópico. Todos quantos fomos alcançados pela graça, devemos reverter tudo e de forma intensa e multiplicadora em ações de graças a Deus e para a glória de Deus. É com esta terceira pare deste verso. A graça que foi multiplicada exponencialmente e marcadamente na vida de cada um, abunde em ações de graças direcionadas a Deus e para a sua glória. "E Deus criou o homem sim, para o louvor da sua glória".





CONCLUSÃO


     No terceiro e último tópico deste texto, eu não tive como não buscar uma relação mais próxima do mesmo com o relato do Gênesis. Mais especificamente com o capítulo 3. Isto porque, do ponto de vista de todos os sistemas teológicos mais conhecidos, a salvação está de tal forma atrelada a criação que não haveria como dissociar estes dois elementos simbólicos e basilares na construção de todo e qualquer sistema teológico.

     Por outro lado, é fundamental que se reconheça que qualquer movimento da parte de Deus em nossa direção e em nosso favor tem como seu principal motor o amor: "Porque tudo isto é por amor de vós". Antes de qualquer coisa, ou desse ambiente que a graça divina propicia para que vivamos em uma verdadeira novidade de vida. E possamos transitar por estas estradas e caminhos pavimentados por Deus mediante sua graça. 

     É fundamental pra que tudo isso que até aqui tem sido dito aconteça a existência de um bom relacionamento para com Deus. Senão, tudo que já falamos e os comentários construídos na base também do bom relacionamento de Paulo com Deus por Cristo Jesus, acaba se tornando um conjunto de ilações, ficções sem qualquer tipo de relação com os problemas existenciais que se objetivam a serem resolvidos, porém, não nos conduzem a absolutamente nada.

     Ou seja, nós estamos falando de vida desde uma perspectiva que leve em consideração o resgate de um relacionamento para com Deus. Percebe-se não apenas neste texto em questão, bem como em todos os textos de autoria de Paulo, a exuberância de seus testemunhos diante do embates com todos aqueles que se puseram em seu caminho e as experiências, algumas agradáveis, outras nem tanto. E a forma como através de sua viagens e embates ao mesmo tempo que Deus soberanamente operava em sua vida transformando outras através desta graça maravilhosa.

     E, eu quero ao analisar a parte "C" deste verso, que é o objeto de nossa reflexão e adicionar a esta parte do verso, como um complemento, a ideia da corporeidade. Ou mesmo, a presença corporal. Então, a graça multiplicada por meio de muitos tem relação direta com a experiência que todo aquele que ainda não havia experimentado o relacionamento com Deus que é fundamental para a doutrina da reconciliação introduzida e inaugurada por Cristo. 

     Portanto, que esta graça que se multiplicou ao longo dos séculos e que também a nós nos alcançou para que desta forma pudéssemos faça abundar, multiplicar as ações de Graças ao único que é digno de receber a honra e a glória para todo o sempre. Que Deus para tanto nos abençoe, AMÉM!!!

     


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1Διὰ τοῦτο, ἔχοντες τὴν διακονίαν ταύτην, καθὼς ἠλεήθημεν, οὐκ ἐγκακοῦμεν, 2ἀλλὰ ἀπειπάμεθατὰ κρυπτὰ τῆς αἰσχύνης, μὴ περιπατοῦντες ἐν πανουργίᾳ μηδὲ δολοῦντες τὸν λόγον τοῦ θεοῦ,ἀλλὰ τῇ φανερώσει τῆς ἀληθείας συνιστάντες ἑαυτοὺς πρὸς πᾶσαν συνείδησιν ἀνθρώπων ἐνώπιοντοῦ θεοῦ. 3εἰ δὲ καὶ ἔστιν κεκαλυμμένον τὸ εὐαγγέλιον ἡμῶν, ἐν τοῖς ἀπολλυμένοις ἐστὶνκεκαλυμμένον, 4ἐν οἷς  θεὸς τοῦ αἰῶνος τούτου ἐτύφλωσεν τὰ νοήματα τῶν ἀπίστων εἰς τὸ μὴαὐγάσαι τὸν φωτισμὸν τοῦ εὐαγγελίου τῆς δόξης τοῦ Χριστοῦ, ὅς ἐστιν εἰκὼν τοῦ θεοῦ. 5οὐ γὰρἑαυτοὺς κηρύσσομεν ἀλλὰ Χριστὸν Ἰησοῦν κύριον, ἑαυτοὺς δὲ δούλους ὑμῶν διὰ Ἰησοῦν. 6ὅτι θεὸς  εἰπών, ἐκ σκότους φῶς λάμψει, ὃς ἔλαμψεν ἐν ταῖς καρδίαις ἡμῶν πρὸς φωτισμὸν τῆςγνώσεως τῆς δόξης τοῦ θεοῦ ἐν προσώπῳ Χριστοῦ.
7Ἔχομεν δὲ τὸν θησαυρὸν τοῦτον ἐν ὀστρακίνοις σκεύεσιν, ἵνα  ὑπερβολὴ τῆς δυνάμεως  τοῦθεοῦ καὶ μὴ ἐξ ἡμῶν· 8ἐν παντὶ θλιβόμενοι ἀλλ’ οὐ στενοχωρούμενοι, ἀπορούμενοι ἀλλ’ οὐκἐξαπορούμενοι, 9διωκόμενοι ἀλλ’ οὐκ ἐγκαταλειπόμενοι, καταβαλλόμενοι ἀλλ’ οὐκ ἀπολλύμενοι,10πάντοτε τὴν νέκρωσιν τοῦ Ἰησοῦ ἐν τῷ σώματι περιφέροντες, ἵνα καὶ  ζωὴ τοῦ Ἰησοῦ ἐν τοῖςσώμασιν ἡμῶν φανερωθῇ. 11ἀεὶ γὰρ ἡμεῖς οἱ ζῶντες εἰς θάνατον παραδιδόμεθα διὰ Ἰησοῦν, ἵνα καὶ ζωὴ τοῦ Ἰησοῦ φανερωθῇ ἐν τῇ θνητῇ σαρκὶ ἡμῶν. 12ὥστε  θάνατος ἐν ἡμῖν ἐνεργεῖται,  δὲ ζωὴἐν ὑμῖν.



     







     



     







     

     

     

Fiquem com a fé!!!

  Texto - Hebreus 12:1-16 Tema - Fiquem com a fé!!! ICT - Assim como essa grande nuvem de testemunhas do passado. É nosso dever e obrigação ...