A Plenitude do tempo como iniciação ao curso de teologia - Aula I

 Plenitude do tempo desde uma perspectiva bíblica e ortodoxa.


Objetivo Geral - Vocês deverão ser capazes de distinguir e identificar uma ou mais narrativas bíblicas. Conduzidas com o propósito de demarcar tanto a progressividade da ação divina quanto o cumprimento de sua vontade


Objetivo Específico - Vocês deverão identificar, a partir dessas narrativas, as palavras-chave, ou eixo narrativo que esboce este objetivo.


Conteúdo a ser explorado - Há uma narrativa bíblica que atravessa o curso da história. Porém, até Cristo ela segue sua trajetória sob a égide, perspectiva e visão histórica atrelada a saga de um povo historicamente identificado com o nome de Israel.


Não se deve omitir que, muito embora este curso esteja voltado para a educação teológica. É ponto crucial que o livro-texto básico para o estudo da teologia é a Bíblia Sagrada canonicamente estabelecida pela Ortodoxia que historicamente se formou no desenvolvimento da fé cristã. Assim como, as muitas hermenêuticas que da Bíblia têm se originado ao longo dos séculos.


Como o eixo central da aula de hoje e a da próxima semana tem como temática o cumprimento do tempo, nada melhor para nos orientarmos do que, tomarmos como exemplo, uma narrativa bíblica tão eivada de significado como a que se encontra na Epístola de Paulo aos Gálatas no capítulo 4. 


O nome ou título  atribuído a Jesus como o Cristo, é o eixo central e chave linguística nessa investida de Paulo, em especial, rumo ao passado bíblico e histórico de Israel. E por uma razão muito simples. A história da revelação começa em Israel e pela eleição desse povo como povo de Deus. 


Desde que a promessa é feita a Abraão surgem alguns contratempos como o que Paulo relata no capítulo 4 de Gálatas. Fica claro neste acontecimento a intenção do apóstolo em falar sobre esta eleição pelo fato de que a serva foi despedida para que o herdeiro e filho da casa conservasse consigo a herança da bênção, ou eleição.


Por outro lado, essa história agora contada ou reinterpretada pelo apóstolo. Mostra que, no caso dos crentes da galácia, e agora em Cristo, eles têm a oportunidade de uma escolha entre ser filho da serva ou filho da promessa. Estar nesta privilegiada posição de poder escolher entre um e outro caminho, só é facultado por meio da intervenção divina. A isto damos o nome de graça.


O cumprimento do tempo pode e deve ser entendido como cumprimento de uma promessa divina. Bem, era uma promessa ao povo de Deus. O povo de Deus aqui é identificado pela Bíblia tanto com o Israel do passado quanto com o de agora. Logo, é o Israel identificado historicamente de ontem e de hoje. 


Quando Paulo faz menção da querela entre Agar e Sara(Que representa a promessa), temos a exemplificação de uma única história que se bifurca e corre em retas paralelas. Entretanto, e contrariando o princípio da matemática, elas tendem a se encontrar em algum ponto. Este ponto é a revelação da Graça manifesta em Cristo.


O cumprimento do tempo, enquanto chave linguística para o desenvolvimento deste tema, leva em consideração as questões relativas ao tempo. A forma como esse tempo é contado e a forma como algumas narrativas bíblicas concorrem simultaneamente ao relato bíblico. Entretanto, até aqui a leitura foi feita desde uma abordagem EX EVENTU.

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De tornar a congregar em Cristo todas as coisas, na dispensação da plenitude dos tempos, tanto as que estão nos céus como as que estão na terra;(Efésios 1:10)

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A igreja tem seu próprio tempo e Deus não faz nada antes de seu tempo, senão que, prevendo o resultado desde o princípio, espera até que tudo esteja maduro para a execução de seu propósito (BROWN, Jamieson Fausset. Comentário Exegetico Y Explicativo de La Biblia. p. 454)

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