As duas ordenanças do Senhor Jesus.

 Texto: Mateus 28:19-20


"Sou submerso nas águas batismais para que ao vir à superfície, seja ressuscitado para uma nova vida."


Quando analisamos a declaração doutrinária da CBB, temos consciência do conteúdo semântico e secular da palavra batismo. Esse entendimento é fundamental pois, enquanto batistas afirmamos que se alguém foi batizado, é sinal de que foi literalmente submerso pelas águas batismais. Concluímos então que, o batizando ao ser batizado, dá sua pública profissão de fé em Jesus Cristo (Romanos 6:1-4). 



I - O batismo como mandamento ou ordenança de Cristo.


O batismo é a segunda ordenança(Mat. 28:19) do Senhor. A Ceia foi uma ordenança dada no contexto da Páscoa e antes do martírio do Senhor. Já o batismo é, pela sequência cronológica dos relatos dos evangelhos sinóticos, a segunda ordenança. E acontece após a ressurreição do Senhor Jesus. É a mais importante orientação dada pelo Senhor Jesus à igreja antes dele ser elevado aos céus. Este texto exibe um conteúdo de natureza trinitária. É importante assinalar que o oficiante do ato batismal conduz a celebração deixando claro que o batizando é batizado em nome do Pai, do Filho, e do Espírito Santo. 




II - O batismo como prática litúrgica da igreja.


O batismo se insere como mandamento do Senhor Jesus e como segunda ordenança. É uma ordenança que, de acordo com a cronologia dos eventos narrados, acontece quando o Senhor Jesus já havia sido ressuscitado dentre os mortos por Deus Pai(Mat. 28:16-17). Entretanto, embora entre na cronologia de sua instituição como segunda ordenança, a administração de sua prática litúrgica na vida do crente antecede a celebração da Ceia do Senhor. Por uma simples razão, participam da Ceia aqueles que foram integrados à igreja do Senhor. E existe apenas uma forma, ou ritual de iniciação adotado pela igreja do Senhor que é o Batismo.




III - O batismo como porta de entrada na igreja de Cristo.


"O batismo consiste na imersão do crente em água, após sua pública profissão de fé em Jesus Cristo como Salvador único, suficiente e pessoal."(DDCBB, IX, Item 1). É o testemunho vivo e público do pecador arrependido(Atos 2:38). Elo de entrada do crente na comunhão dos santos(Igreja). É a profissão de fé da igreja no Deus Trino e Todo poderoso. Não há como desvincular a administração do batismo do crente da disciplina pedagógica que este mandamento do Senhor Jesus traz consigo: "Ide e fazei discípulos de todas as nações". Aceitar o Batismo é aderir à disciplina e mandamento do Senhor com o objetivo de guardar suas palavras e ensinamentos. E ainda acompanhado da promessa de que o Senhor Jesus estará com seus discípulos até a consumação dos séculos. 




Conclusão 



Batismo é a expressão maior de que cumprimos com o mandamento do Senhor Jesus de fazermos discípulos de todas as  nações . John Stott em seu livro o "Discípulo Radical", fala da etimologia da palavra DISCIPLINA. Viver como discípulo de Jesus é andar sob sua disciplina. O Batismo, desde os tempos primevos da igreja do Senhor, sempre foi caracterizado pela ideia de renúncia ao mundo e de adesão do discípulo ao serviço do Senhor e da igreja. É andar em novidade de vida. Há uma proposta metodológica de igreja que afirma que igreja que cresce é igreja que batiza. Porém, a igreja ao batizar cumpre apenas com o mandamento do Senhor. Pois quem dará este crescimento tanto numérico quanto qualitativo é o próprio Senhor da Igreja(Atos 2:47; I Cor. 3:6).



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Em sua opinião o que é Batismo biblicamente aceito pela igreja?



O seu batismo te deixou uma memória afetiva?




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Texto - Mateus 26:26-30


"Memória viva do sacrifício de Cristo. A Ceia é a celebração na qual a comunhão dos santos está fundada e fundamentada".




Introdução 


Que a "ceia do Senhor" é uma ordenança do Senhor Jesus, disso sabemos(I Coríntios 11:24 e 25). Que é uma celebração que apenas tem sentido se for celebrada no seio da congregação, ou igreja reunida, disso também sabemos. Entretanto, o que ela não pode, é ser confundida com a Páscoa judaica. Muito embora essa ordenança tenha surgido num contexto de celebração da Páscoa Judaica(Mt 26:17; Mc 14:12; Lc 22:8).

   




I - A Ceia do Senhor à luz dos relatos dos evangelhos sinóticos.


Como foi falado na introdução o relato da Ceia do Senhor é encontrado no contexto da celebração da Páscoa Judaica(Mat. 26:17). Porém, é muito importante lembrarmos que não devemos confundir uma coisa com a outra. Na Páscoa Judaica era comum ser consumido como iguaria principal um cordeiro. Quanto a isso, é sintomático entendermos que, muito embora, o Senhor Jesus, como um bom judeu que participa dessa refeição, faz uso do pão e do vinho como elementos simbólicos de sua prédica. Todos os três relatos dos evangelhos sinóticos estão conscientes da opção teológica que fazem por não enfatizarem a principal iguaria a ser consumida nesse momento de celebração da Páscoa Judaica, o cordeiro. Pois o cordeiro de Deus(João 1:29) estava ali naquela ocasião presidindo aquela celebração 




II - A Ceia do Senhor à luz do sentido metafórico de que se reveste o pão e o vinho.


Na Páscoa Judaica, que é uma refeição também carregada de simbolismo cívico e religioso. A memória da libertação da escravidão egípcia se preservava e se preserva até hoje pelo fato de que fazer uma refeição é uma necessidade diária. Por outro lado, o elemento cívico e religioso faz com que este tipo de celebração seja realizada de ano em ano. E, consequentemente, após sua maioridade, Jesus estava participando de sua terceira e última celebração da Páscoa. Qual seria então o contraponto entre a celebração da Páscoa Judaica e a Ceia do Senhor instituída por Jesus? O contraponto vem acompanhado do mandamento de que os cristãos ao comerem pão e beberem vinho devem se lembrar do martírio imposto ao corpo do Senhor Jesus, e o derramamento de seu sangue. Com isso a metáfora do pão e do vinho que representam corpo e sangue, estariam muito mais presentes em suas vidas. Já que são alimentos muito mais acessíveis a todos do que o cordeiro pascal(Atos 2:46). 




III - A Ceia do Senhor à luz da hermenêutica Batista. 


Para nós Batistas, a ceia do Senhor permanece como mandamento e ordenança até os dias de hoje. E nossa expectativa ao cumprirmos com este mandamento não é apenas de anunciar a sua volta. Também reafirmamos que estamos aguardando por ela. Os princípios básicos da liturgia Batista no tocante a celebração da ceia do Senhor diz respeito a ser um memorial. Neste ato celebramos a lembrança da morte de Cristo. Para tanto, o partir do pão e a ingestão de vinho são elementos que carregam consigo um forte simbolismo. É o que se pode ver em nossa declaração doutrinária, a celebração da ceia do Senhor é um memorial que deve ser celebrado somente quando a igreja se reúne. Logo, ela tem caráter congregacional. Assim como todos que participam dela devem fazer um exame de consciência(DDCBB, Artigo IX, itens 4, 5 e 6). Do ponto de vista de nossa relação institucional e Batista, é como recebemos o mandamento e ordenança do Senhor em Mateus 26:26-30.




Conclusão 


Participar da ceia do Senhor não confere a ninguém qualquer tipo de graça. Ela não é um canal de bênçãos. Ela deve ser entendida como um memorial que nos traz à lembrança a condição de pecador perdido antes de sermos alcançados pela graça de Cristo. Além do que cria em nós a ardente expectativa pela sua volta: "Porque todas as vezes que comerdes este pão e beberdes este cálice, anunciais a morte do Senhor até que venha"(I Cor. 11:26). MARAN ATA, vem Jesus!

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Qual sua expectativa quando participa da ceia do Senhor em sua igreja?


A Ceia do Senhor continua te levando enquanto memória à cruz do calvário?















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